A BANDA SUCK THIS PUNCH LANÇA THE EVIL ON ALL OF US!!

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O Suck This Punch foi formado na cidade de Limeira, interior de São Paulo, em 2015. O primeiro álbum, intitulado “Fire, Cold And Steel”, saiu no mesmo ano, reunindo 10 composições próprias de uma sonoridade bastante original: uma releitura do classic rock pela perspectiva do peso e agressividade do thrash metal contemporâneo.

Depois de cinco anos de shows pelo Brasil, o Suck This Punch retornou aos estúdios para a gravação de dois novos singles, “Alone” – lançado na primeira edição do “Roadie Crew – Online Festival” – e mais recentemente “Shout It Out”. Ambas estão no tracklist do segundo e novo álbum de estúdio que a banda acabou de lançar: “The Evil On All Of Us”.

“The Evil On All Of Us” reúne nove faixas, incluindo os dois singles, e foi gravado no Nock Studio Alive em Limeira com produção de Marcos Nock que, curiosamente, foi um dos membros fundadores do Suck This Punch.

“O Marcos Nock tem uma relação muito importante com a banda”, conta o vocalista Tadeu Bon Scott. “Ele foi um dos primeiros membros a criar o conceito do Suck This Punch, então entende muito bem a linguagem estética que a banda necessita para suas criações. O trabalho do Nock é extensão do nosso processo criativo. Nós produzimos as composições e ele trata de trabalhar nas produções de mix e master. Fora isso, o Nock Studio Alive ainda é um espaço que a banda conta para produção de clipes, lives, fotos, etc, materiais muito importantes para uma banda nos dias atuais”.

Ainda sobre o processo criativo, “The Evil On All Of Us” é o resultado da primeira experiência do quarteto compondo juntos.

“Todas as músicas do álbum são novas, mesmo as ideias guardadas do Phil, como Shout it Out e Coward, que foram repaginadas. O processo de composição com o novo line-up foi completamente diferente se comparado a formação do primeiro disco. Com este novo lineup tivemos muito mais interação em todo processo”, contou Tadeu.

Ainda segundo Tadeu, a nova formação influenciou diretamente na sonoridade do álbum. “A nova formação é responsável por esse som mais pesado e encorpado. A ideia da afinação em “C” possibilitou os timbres que faltavam. Nota-se, nas músicas, como os instrumentos passeiam livres e criam uma estrutura que se harmoniza de forma fantástica à voz principal e backing vocals. Essa formação efetivamente criou uma nova banda”.

Esse “novo” Suck This Punch a que Tadeu se refere parece estar na iminência de ser o Suck This Punch definitivo em termos de identidade musical.

“Se voltássemos na época do primeiro álbum, não imaginaríamos chegar ao som que o fazemos hoje, e parte da razão para isso são as influências de cada integrante, e a forma livre de produzir as músicas. Não nos prendemos a rótulos, não nos preocupamos onde nosso som pode chegar. Entretanto, temos percebido que a própria banda, com seu entrosamento, acaba partindo, naturalmente, para a direção em que estamos hoje. Indiferente às ideias que inserirmos nas músicas, sempre acabamos chegando no mesmo lugar. Acho que isso representa a estabilização de uma identidade própria”.

“The Evil On All Of Us” é um disco homogêneo em termos de qualidade, mas algumas composições especificamente chamam a atenção por suas particularidades, caso de “We All Live In A Hole”, “Coward” e “Sons Of War”.

“We All Live in a Hole é uma música que trata sobre egoísmo. A construção musical dialoga com a letra de forma muito equilibrada entre momentos de explosão e calmaria. Coward é uma carta de suicídio sem êxito. O destaque dessa música está na viola no início, que se conecta perfeitamente ao momento de frenesi de entrada da banda. Uma linha de baixo e bateria em estilo country fazem a cozinha perfeita para o retorno da viola ao final. Por fim, Sons of War é um grito de protesto contra a discriminação aos indígenas e negros. Procuramos inserir na música alguns instrumentos tribais que trouxessem o ambiente de guerra, com destaque para o berimbau, cujo original da música também é afinado em “C” somado ao berimbau da capoeira de São Bento que é em “G”. Temos ainda a bateria inspirada no maracatu em uma mescla de tambores, e o canto final que é que uma cantiga de roda de capoeira simbolizando o povo africano. Temos muito orgulho dessa música”.

De acordo com o vocalista Tadeu “Bon Scott”, as composições de “The Evil On All Of Us” são contextualizadas a partir da ideia de mal em que o homem é tanto agente como vítima. “Trata sobre o mal que o homem cria para si e para os outros. Toda a angustia, mágoa, depressão, raiva e temores do qual acaba criando monstros, pessoas perdidas que se tornam alienadas, cegas. Muitas vezes essas pessoas se escondem atrás de máscaras, fingindo um mundo perfeito de uma mente em caos e barulhenta. O que ela não entende é que a melhor arma contra esse sistema caótico é ela mesma.”

A arte da capa de “The Evil On All Of Us” é mais uma vez assinada pela artista plástica Juh Leidl que já havia trabalhado com a banda nas capas dos singles “Alone” e ”Shout It Out”. “A grande artista Juh Leidl conseguiu, sem dúvidas, transmitir toda a essência e ideia do álbum. Esse contraste de branco e preto representa bem os opostos do mal sob o homem de que tratamos. Somado a isso temos também o mistério dos números cabalísticos, as letras misturadas, as abstrações de fumaça, da víbora e a figura demoníaca sob a face de nosso mascote ASH, entre outros detalhes que enriqueceram esse trabalho esplêndido”.

“The Evil On All Of Us” foi lançado em CD pela Voice Music e plataformas digitais. O álbum foi financiado através do Edital de Apoio à Produção Cultural de Araras (Lei Aldir Blanc).  “Não imaginávamos que uma gravadora tão importante como a Voice poderia se interessar pelo nosso trabalho. Fechar essa parceria é uma grande valorização da nossa música. O financiamento do disco através das políticas públicas de cultura foi uma grande vitória. Bandas autorais, ainda mais de metal, quase nunca conseguem recursos através do mercado. No nosso caso, conseguir essa verba em plena pandemia, foi uma vitória muito importante para continuarmos em frente”, finalizou Tadeu Bon Scott