O veterano gaúcho Humberto Gessinger — consagrado por décadas à frente da lendária banda Engenheiros do Hawaii e por sua carreira solo — acaba de dar um passo radical em sua trajetória: ele estreou no universo do metal moderno ao lado da banda porto-alegrense It’s All Red. O resultado dessa ousada fusão é o single “Pertencimento – pt.2”, lançado recentemente e já disponível nas plataformas digitais. 

Quem é Humberto Gessinger

Desde o início da sua carreira, Gessinger virou sinônimo de rock nacional. Em 1985 ele fundou os Engenheiros do Hawaii, banda que marcou gerações com hits e álbuns que atravessam décadas. Na ativa por mais de 20 anos com a banda, com discos de ouro, platina e milhões de cópias vendidas, ele consolidou seu legado. Após a pausa dos Engenheiros, Gessinger seguiu carreira solo e também participou do duo Pouca Vogal.  Sua trajetória demonstra versatilidade, talento de composição e um espírito sempre aberto à experimentação.

It’s All Red: o peso do metal moderno

A It’s All Red — banda gaúcha com quase duas décadas de estrada — é conhecida por seu prog-metal moderno, com sonoridade pesada e complexa. Em sua carreira, a banda já dividiu palco com nomes expressivos do metal mundial, conquistando respeito dentro da cena. Agora, com “Pertencimento – pt.2”, It’s All Red ganha uma nova dimensão: a união com uma das vozes mais icônicas do rock brasileiro.

“Pertencimento – pt.2”: quando o rock nacional encontra o metal contemporâneo

A faixa mistura o peso do metal moderno com a voz nostálgica e marcante de Gessinger. A produção traz violinos e teclados dramáticos, criando uma atmosfera intensa e emocionalmente carregada, rara no metal nacional. 

Liricamente, “Pertencimento – pt.2” mergulha em temas fortes e contemporâneos: migração, travessias humanas, deslocamento e a sensação complexa de não pertencer a um lugar. Um grito poético. Um protesto sonoro. Um reflexo do mundo de hoje.

A ousadia de Gessinger: quebrando rótulos e expandindo horizontes

Sobre essa nova fase, Gessinger declarou que prefere não deixar “gavetas” definirem sua arte — embora reconheça influências clássicas do hard rock e do metal de décadas passadas, prefere deixar a música fluir livre. “Essas gavetas ficam pequenas demais para caber toda a diversidade da música”, disse ele em entrevista à imprensa. 

E é esse espírito livre e inovador que faz da parceria com It’s All Red um marco não apenas em sua carreira, mas na cena do rock/metal nacional como um todo.